Marina Tavares Dias, Olisipografia

38 anos de criatividade pessoal ao serviço do colectivo, na defesa de LISBOA

sexta-feira

Lisboa nos Anos 60

(inédito):

«A meio da crise académica, no primeiro dia de Maio de 1962, acontece uma das maiores manifestações da década. Inicialmente convocadas pelo clandestino Partido Comunista Português, milhares de pessoas habitualmente distantes da política enfrentam a Polícia na Baixa, obrigando à entrada em cena do chamado «carro da água» (na realidade, os jactos eram de tinta azul), com que os agentes tentam dispersar a multidão. A própria censura acaba por deixar «passar» algumas notícias sobre os acontecimentos, além de fotografias com dezenas de montras partidas e edifícios danificados. Com menor intensidade, os confrontos repetir-se-ão no dia 8 de Maio, a pretexto de mais um aniversário do fim da II Guerra Mundial.»
Continua no livro.
Na fotografia: estragos na montra da célebre Pollux, na Rua dos Fanqueiros, em Maio de 1962.




quarta-feira

EXPOSIÇÃO DO MUNDO PORTUGUÊS


«A Exposição do Mundo Português será a coroa de glória das opções assumidas por António Ferro e apenas esboçadas anos antes, quer na Exposição Industrial do Porto quer na Internacional de Paris, em 1937, onde o pavilhão concebido pelo jovem arquitecto Keil do Amaral rompia com tudo aquilo que, até então, Portugal apresentara ao estrangeiro. No guia da Exposição do Mundo Português, o comissário Augusto de Castro escreve: "Sendo um olhar lançado sobre o passado, [a exposição] não terá um carácter exclusivamente erudito - e muito menos arqueológico. Deverá ser, ao contrário, uma lição de energia, uma perspectiva do génio português através de todos os estímulos de grandeza, um balanço de forças espirituais." Outros panfletos salientam tratar-se da primeira grande exposição histórica do Mundo. Esse mesmo mundo agora - historicamente - em guerra, ajuda a gerar, à volta desta paz sacralizante e sacralizada, o ambiente fictício dum paraíso do absurdo. »
(...)



Continua no livro «Lisboa nos Anos 40»

Fotografia do livro, de autoria de Mestre Horácio Novaes